Finalmente Gertrudes

Esperou tanto Gertrudes, que quase desistiu. Eu estava ocupada demais perscrutando minha própria alma e me esqueci dela. Como tem paciência em abundância, a mulher não arredou pé até eu voltar de uma viagem longa dentro de mim, pois ela mesma sabia que sua história era bonita.
Gertrudes mulher, mãe, costureira, apreciadora de livros de romance. Adorava histórias de amor, embora nunca tivesse vivido uma. Não por falta de vontade, mas por não ter encontrado um homem que lhe fizesse se sentir Gertrudes. Até conheceu um rapaz aqui, um moço ali, tão cansativos! Gertrudes encomendou-me um pequeno conto em que coubesse toda sua vida, porém assegurei-lhe de que seria impossível por ser quem ela era, resposta que não lhe satisfez. Decidi ceder e dar-lhe algumas poucas linhas para contar um único acontecimento, ela escolheria. Escancarou um sorriso no rosto a mulher, que parecia estarem saltando os dentes para fora da boca. Pôs a contar, falando rápido e sem respirar, eu entendia com esforço o atropelo de palavras que ela dizia, e mesmo assim me emocionava.
Gertrudes não narrou nenhum feito maravilhoso, não confessou qualquer intimidade, disse que não tinha interesse nisso. O que a mulher pediu que eu escrevesse foi que nasceu de Dona Maria Quitéria, mãe de cinco filhos, que a amou, alimentou, mostrou o caminho da honestidade e partiu. Só isso, Gertrudes? Ora, por que eu haveria de querer mais? Só isso é a maior riqueza da minha vida, o resto todo vem disso, e você acha pouco? Coloque isso nas suas linhas, por favor, que fico agradecida demais.  Assim será feito, Gertrudes, obrigada por esperar.
Terminei de escrever um tanto embolada no pensamento porque me demorei tanto olhando para meus atropelos, que custei a perceber que estava diante de alguém realmente feliz.

Danielle Arantes Giannini

A loja de sapatos

O cenário é um movimentado shopping center de São Paulo. Manhã de um sábado do mês de julho – mês de férias escolares de inverno com temperaturas que invejam o verão – corredores vazios à espera da clientela que anda sumida e eu olhando vitrines sem graça. Incrível como as vitrines das lojas são repetitivas, cansativas, nada originais, tudo tão igual a sempre, previsível e caro. Qualquer peça anda pela hora da morte, e penso que os lojistas devem estar realmente tranquilos na vida de suporem um boa féria no final do dia. Talvez seja eu a desajustada no cenário econômico, possivelmente, e tudo anda às mil maravilhas. Seja como for, as vitrines seguem chatas, enfadonhas, nada convidativas. Umas são tão cheias de cores sem critérios e preços afixados em parcelas somente, que confundem qualquer aspirante a comprador – definitivamente se não tiver sido bom aluno em cálculos, desista. Outras, elegantes, escondem os valores em microplaquinhas em que se leem números que são códigos indecifráveis, pois o preço mesmo você só fica sabendo se entrar na loja. Aí é um problema porque existem vendedoras e vendedores não estão dispostos a informar preços, querem mesmo vender. Imagine uma pessoa entrar só para perguntar quanto custa e sair sem comprar! Esse é um critério comum em um bocado de lugares – não todos, obviamente – que classificam os compradores em bons ou maus, dignos ou indignos. Já recebi olhares reprovadores de tantos desses funcionários do comércio, que perdi a conta, o que nem de longe me abala, muito pelo contrário. 
Foi por ocasião de uma desinformação desse tipo que o evento se deu. Uma loja de calçados grande, bem iluminada, anunciando em inglês com adesivos enormes a redução de 50% nos preços, porém não havia preços. Parei olhando aquele monte se sapatos iguais aos da loja anterior, sem prestar atenção em nenhum deles, e meu olhar foi imediatamente atraído para uma mulher entusiasmada que se achegou perto de mim, falando com ninguém – estava desacompanhada – “humm, estão liquidando”. Foi indo sem olhar a vitrine cansativa. A pessoa entrou na loja de sapatos, olhou, olhou, pegou um ou outro par na mão, massageou o material, talvez para conferir se era macio, virou as costas e se foi, deixando para trás um discreto ar de reprovação. Ela continuava falando com ninguém, só que agora visivelmente desapontada, não escutei o que dizia. Eu quis tanto perguntar o que ela achou da tal liquidação, do toque nos sapatos, enfim, qualquer coisa, mas nem deu tempo, saiu resoluta. A loja perdeu a cliente ávida por aproveitar as promoções sabe-se lá por que, e ficou cheia de vendedoras à esperada de uma venda. Desisti também e fui embora salvar o que restava da minha manhã, sem vitrines, sem liquidações . 

Danielle Arantes Giannini

Inconstância

Sua vida é conduzida por mim,
Decido quem você é hoje
E quem será amanhã
Você não me controla nem me cala
Sou indomável
Meu nome é inconstância
Sou eu quem faz sua rotina ser uma hoje
E outra amanhã
Movimento seus pensamentos
Transformo seus sentimentos
E o transformo em humano
Sou a mudança
Sou o nunca e o sempre
Sem controle nem previsão
Nada me intimida
Porque não sou fórmula fixa
Sou ação
Minha missão é transformar você
E mudar todas as coisas da vida
E todas as coisas do mundo
Estou aqui para cortar suas amarras
Quero arrombar o cadeado do apego
Para libertá-lo da dor
Não adianta lutar contra mim
Eu sou a vida
Vim para abalar suas convicções
Semear a dúvida
Deixar uma cisma em você
E depois me alegrarei com sua transformação
Você não se livrará de mim
Nem mesmo depois de cerrar os olhos
Porque também sou a impermanência
E onde você estiver,
Lá eu estarei.
Venha cá, segure minha mão,
Caminhe comigo
Vou lhe ensinar o que é liberdade
Estaremos juntos até na eternidade
Não se atrase chamando os doutores,
Sábios e entendidos
Eles também seguem as minhas leis
Porque você, os doutores, os sábios, os entendidos
E os ignorantes
São todos meus tutelados
Nada os distingue
Nem títulos,
Nem moedas,
Absolutamente nada
Sou a mesma para o rico e para o pobre
Estou no caminho do justo e do injusto
Mas hoje eu quero você
Vim me apresentar
Não lhe farei mal algum
Confie em mim
E encontrará o caminho que leva a você mesmo
Você nada pode se não for através de mim
Sou a força que rege a natureza
Faço surgirem estrelas, planetas
Sóis de todas as grandezas
Provoco chuvas e mexo na superfície do solo
Componho músicas com o vento
Moldo ondas perfeitas e imperfeitas
Acredita agora que você nada será sem mim?
Então aceite meu convite
Caminhe comigo nessa tarde de sol
Amanhã andaremos pela chuva
E depois lhe trago um pouco de brisa
Se quiser, pinto um arco-íris para você admirar
Só não me peça para ficar parado
Porque sou a inconstância
E vou levá-lo para onde eu for!

Danielle Arantes Giannini 
Texto publicado originalmente em https://vivenciaseganhos.wordpress.com em 8 de dezembro de 2018

A ciência das condutas

O que difere o apaixonado Werther de minha pessoa é o sentido da vida

1. Devo continuar? Wilhelm, amigo de Werther, é o homem da Moral, ciência certa das condutas. Esta moral é de fato uma lógica: ou isto ou aquilo; se escolho (se marco) isto, então, de novo, isto ou aquilo: e assim por diante, até que, dessa cascata de alternativas, surja enfim um ato puro – puro de todo arrependimento, de todo tremor. Amas Carlota: ou tens alguma esperança, e então ages; ou não tens nenhuma, e então renuncias. Tal é o discurso do sujeito “sadio”: ou, ou. Mas o sujeito amoroso responde (é o que faz Werther): tento me esgueirar entre os dois membros da alternativa: quer dizer: não tenho nenhuma esperança, mas mesmo assim…Ou ainda: escolho obstinadamente não escolher; escolho a deriva: continuo. 

Roland Barthes – Fragmentos de um Discurso Amoroso

Conduta. Atitude. Ação. Comportamento. Postura. Condição. Condução de mim. A conduta do outro pouco se me dá. Desconheço a condição de quem quer que seja. A mim cabe o peso de conduzir-me, eis o obstáculo para meu livre-arbítrio. Rédeas. Ou posso optar por não agir, congelo na não decisão, o oposto de atitude. O que muda? Nada muda. Mudar é ação. Não agir é afrouxar o corpo e fazer pesar o existir. Minha conduta é escolha, minha escolha é risco, meu risco é condição, então ajo. Agir conforta. Não agir pesa, inquieta e aturde. Todo corpo acostuma-se a não agir ou a agir conforme o hábito. Luto internamente pelo agir, mesmo quando temo e escolho a deriva, como o jovem Werther. O que difere o apaixonado Werther de minha pessoa é o sentido da vida; para ele, mergulhado na paixão que estava, só havia sentido poder estar com a amada. Vejo sentido por toda parte, essa é minha condição, o que não me livra da angústia diante de alternativas – fúteis – do que fazer e do desejo de ser pragmática. 

Danielle Arantes Giannini

pica-pau

Tem um casal de pica-pau atrás de mim. 
toc toc toc toc toc toc toc toc 
Estão fazendo o trabalho deles num tronco.
E dizem para mim:
“tente tente sempre tempe sem cansar, que você consegue”.
Enquanto eu escuto, continuam na árvore tentando.

Danielle Arantes Giannini

Equação da semana

Acordei na hora errada, fazendo contas, antes de o despertador tocar. Que desatino! Nem faço as contas das horas de sono que já perdi fazendo contas. Sim, essas coisas gostam de acontecer no meio do sono, não podem esperar a pessoa acordar. Fiz contas, fiz contas, e a mente não descansou, ficou povoada de seres intrusos, pis, tangentes, senos e co-senos, raios, ângulos e logarítimos. equação_imagemAssustador numa manhã de segunda-feira. Mas tinham lá o seu gingado. Sim, a semana seria uma bela equação matemática, disso eu estava convencida, só que com gostinho de recordações. Não que a matemática não tenha sido um trauma na minha adolescência, mas também não deixou sequelas … a não ser pela faculdade de Arquitetura que jamais tentei cursar por limitações óbvias. A mim, parece-me mais confortáveL arquitetar textos. Pelo menos se eu errar a concordância, nenhum prédio cai. Apesar dos sufocos numéricos no colégio, nada de rancores; muito pelo contrário, a matemática me presenteou com amigos queridíssimos que moram no meu coração. Um deles foi uma paciente criatura que exerceu a nobre função de ser meu professor de Matemática. Acho que era distraído o coitado, pois anos mais tarde, quando os trilhos da vida me levaram a trabalhar com ele na mesma escola, eu o ouvi dizer repetidas vezes: “essa foi uma ótima aluna, inteligentíssima”! Juro que ele me confundiu com outra aluna. A nota que obtive na primeira prova dele chega a ser indecente e obviamente meus pudores não me permitem revelar o valor. Claro que nunca trouxe esta lembrança a ele, afinal é prudente não decepcionar quem nos admira. Meu outro querido matemático…ah, esse balançou e  pôs um pé nas letras, mas não arreda o outro pé dos números. Por mais que eu tentasse irritá-lo dizendo que corrigir aquelas provinhas de matemática era baba, ele nunca deu a menor  bola para meu insulto, devia saber que era despeito mesmo. Ah, e tem também uma irmã minha, que é a encarnação da matemática. Adoro estar ao seu lado no comércio quando ela faz os cálculos de cabeça em segundos e dá o valor antes da pessoa do caixa respirar, eu me sinto a tal, mesmo que quase por osmose. Só que os genes da matemática disponíveis para nosso sobrenome foram parar todos nessa doce e prestativa irmã.  Não posso sequer dizer que gostaria de ser como ela quando crescer por razões que quem me conhece sabe bem.  Fico feliz que haja tantos engenheiros na família.  E todos detestam as letras. Lástima. Eu não entendo. As letras são tão úteis, tão maleáveis, não têm a rigidez dos números. Não, não estou querendo dizer que não gosto deles, inclusive quero fazer as pazes com eles. Hoje, mesmo eles tendo me acordado fora de hora, estou de bem com todos os algarismos, embora a equação da semana tenha dado um resultado beirando o desesperador. Culpa da matemática? De forma alguma! As responsáveis pelo meu pânico são as letras mesmo. A matemática nunca é culpada, ela é o que é. Vejam a matemática da vida, nunca dá erro, as fórmulas são precisas e existem para serem aplicadas; se o aluno displicente ou teimoso não emprega a fórmula certa, o problema não está na matemática. Com as letras é diferente. Posso usar essa palavra ou aquela, construir meu enunciado assim ou assado, encadear de uma maneira ou de outra…e sabe-se lá o efeito produzido, não raro diferente do esperado. Com uma palavra posso minar a doçura, provocar escárnio, despertar o ânimo ou o desânimo. São temperamentais as letras, parecem ter intenções próprias e gostam de nos provocar. Mesmo assim, não tem como viver sem elas, criaturas instáveis e imprevisíveis. Procuro entender cada uma delas, afinal são minhas fieis companheiras e me servem com valentia, estão à minha disposição para o que der e vier, portanto delas não me queixo. Meu perrengue hoje é com os números mesmo, que me acordaram antes da hora para me aterrorizar e me intimidar. Então decidi que salvarei a semana com as palavras e seja como for, vai terminar.

Danielle Arantes Giannini

Grito das palavras

Ahhhhhh

Que dor no âmago…

Lancinante

São as palavras

Malditas miseráveis

Não querem se calar

Explodem

Lançam-se ao léu 

Poderia perdê-las todas

Como viver sem elas?

Cada uma delas

Necessito de todas

Mesmo que seja para desprezá-las por impropriedade

Traidoras

Foram-se

Foram cumprir seu destino de palavra

E eu permaneci calada.
Danielle Arantes Giannini 

08/08/2016

O ano que não queria terminar

Não é o que se espera de um ano, especialmente no seu suspiro final. Mas é o que aconteceu com aquele ano quase findo, que teimava em assombrar a vida das pessoas ansiosas. Sim, pois todo ansioso quer que o ano termine antes de completar seus obrigatórios 365 dias, afinal por que tantos dias em um só ano? Fato é que nenhum dia fica de fora e o ansioso por natureza deseja tudo, menos viver esses dias. Por conta disso, aquele ano resolveu atormentar a vida de um bocado de gente que não o desejava mais. O ano não queria terminar. Cada dia enorme, imenso, lento, demorado, de calor paralisante no hemisfério Sul, de frio maltratante no hemisfério Norte. Ar sem oxigênio para ventilar o cérebro dos seres pensantes. O ano estava decidido a não terminar, e isso gerou terror e espanto em quem estava apaixonado, em quem tinha montantes a receber, em quem estava com hora marcada para uma comemoração importante. Tudo isso teria que esperar. Enquanto o teimoso ano não acabasse, nada de definições. E também não adiantava fazer suposições, pois o ano que estava na fila para chegar não podia antecipar seus feitos. O jeito que as pessoas encontraram foi respirar fundo cada segundo daquele ano desgostoso, e como isso passou lento. Teve gente que sucumbiu, teve quem precisou tomar calmantes, teve até quem optou por trancar-se em casa à espera do fim daquele ano que não queria terminar. Mas nenhum ano é para sempre. Pensar nisso salvou todas as vidas que não aguentavam mais a demora do novo ano, que vinha com mais de 300 oportunidades de recomeço, realizações, resoluções, superações, enfim, todos conseguiram chegar no ano seguinte. Foi por pouco!

Danielle A. Giannini

Texto originalmente publicado em https://medium.com/@dagdani

Palavra que não precisa

Tem palavra que não precisa ser dita, todo mundo sabe. Então por que tem gente que diz o que não é necessário? Estou pensando que seja para preencher um vazio, como se todo vazio precisasse ser ocupado. As pessoas lotam esses vazios com qualquer palavra, essa é a verdade. Sabe quando entramos no elevador e alguém mais está lá e parece que o andar desejado não chega nunca? Tem sempre aquele que comenta do frio, da chuva ou falta dela, não porque seja um assunto urgente ou interessante, mas porque mais de uma pessoa está no elevador e um abismo está instalado entre elas … aí dá-lhe palavra de preenchimento! Honestamente, todo mundo ali sabe o suficiente sobre o clima lá fora, e mesmo assim lá se vão as palavras pelos ares do elevador. Admito, sim, a função fática sendo posta em uso para acabar com um constrangimento temporário – a viagem de elevador não demora tanto – porém pergunto-me a razão deste mal-estar. Convenção social talvez, ou seja, ficou assim convencionado que duas ou mais pessoas, estando em um espaço pequeno, devem se comunicar a todo e qualquer custo! Ah, agora entendo o motivo de tantas palavras serem ditas sem que haja a menor necessidade. Serão palavras perdidas, suponho eu; mas isso também não tem importância alguma!

Por: Danielle Arantes Giannini

Palavra do dia: “CONFIANÇA”, um substantivo difícil

 É fácil, fácil perder a confiança em alguém ou algo. Conquistá-la é tarefa por vezes árdua, trabalhosa, demanda tempo e paciência, além de algumas decepções.  Confiança não é algo que se encontre aos borbotões, é antes uma predisposição para aceitar que o outro não vai lhe causar problemas, danos físicos ou emocionais, prejuízos de qualquer natureza. A melhor imagem que tenho da confiança é o próprio ser humano, quando ainda é bem pequenininho! Os bebês confiam incondicionalmente nas mães porque não saber desconfiar. Acostumam-se desde o período da gestação a confiar na alimentação que recebem, no aconchego e tal. Depois que nascem, deixam-se confiar nos braços das mamães, recebem-lhe o leite materno, roupas, banho, colo, afagos e outros mimos. Crescem e vão aprendendo a andar, falar e desconfiar. Opa, algo corrompe o ser humano durante sua vida e o priva da confiança. Deixa de confiar no amigo, na professora, no brinquedo que quebrou tão rápido … talvez deixe de ter confiança na própria mãe; aprende por meios variados que se tiver confiança nos políticos será enganado; se confiar no colega de trabalho será trapaceado, e por aí vai. Agora pergunto-me se a confiança é uma virtude, algo bom de se ter, do tipo que acalma a agente, ou se é bem ruim e perigoso, o que nos predisporia a esperar um golpe a qualquer momento. Então penso, penso e  concluo  que existe a confiança boa de sentir, como aquela do bebê que se vê seguro no colo da mãe, e a confiança perigosa, que vai acabar mal, como confiar em alguém que lhe dá um papel em branco para assinar. Ou um exemplo atualíssimo, como vou confiar em alguém que pede para eu preencher um cadastro com meu endereço eletrônico, com a garantia de que a informação será para uso próprio, e logo depois quilos de e-mails começam a chegam com spams e mais outras lorotas?! E percebo que a tarefa é mesmo dura. Temos que escolher em quem confiar! Fico torcendo para que os homens, políticos e não-político, se esforcem realmente para conquistarem a boa confiança de nós todos, sem fazerem pouco desse substantivo tão difícil. Danielle A. Giannini