Palavras sobre esse mundão : “RESPEITO”

Não que seja uma palavra praticada, mas ela existe em todos os dicionários. Às vezes é com conferir se o termo não foi surrupiado do “pai dos burros”, sim, pois não tem sido incomum as pessoas se esquecerem de carregá-la no bolso. Respeito parece algo que oscila entre o careta e o nobre; para uns é coisa de gente boba e para outros, graças ao bom Deus, é valor que se usa à mesa! Nem vou perder tempo em traçar considerações sobre o respeito às leis, argh, isso é difícil em um país onde há tantas leis regulando absolutamente tudo na vida dos cidadãos. Quero me ater ao respeito pelo próximo. Também não quero me abalar comentando o respeito que o poder público deveria ter pelos indivíduos; isso é assunto que nos tira do sério. Vou falar somente de pessoas, assim mesmo, pessoas anônimas transitando pelas ruas, umas a pé, outras de carro, de ônibus etc. Com tanta pressa que elas têm, fica até previsível que esqueçam em casa uma carga tão pesada como o respeito, mas a verdade é que não é nada agradável quando alguém não nos dá passagem, não segura a porta do elevador, não pede “por favor”, não diz um mísero “Bom Dia”. Por que não fazem uma campanha: “não esqueça o respeito em casa, você pode precisar dele”? Pior se decidirem criar uma lei exigindo que todos usem do respeito, aí o caldo entorna. Então que cada um pratique o respeito por conta própria, quem sabe assim dá certo?!

Danielle A. Giannini

Palavrinhas mágicas

Aprendi com a minha mãe e depois a vida mostrou que ela estava coberta de razão, Existem palavras que são mágicas: “Bom dia”, “por favor”, “muito obrigada(o)”, “de nada”. Se as pessoas se dispusessem a sair de casa com essas palavrinhas no bolso, teríamos, sem sombra de dúvida, um mundo mais gentil, educado e agradável. As relações pessoais e sociais sempre geraram atritos na humanidade, mas parece-me que o caldo entornou. Com tanta pressa, perderam-se os bons modos. Parece que “o outro” é sempre um empecilho,  o próprio problema é mais urgente do que o do outro, interessa o que faz parte da sua vida e não o do outro. Com isso, vemos as pessoas se xingarem na rua, os carros buzinando até cansar, gente que só manda e não pede…quanta  irritação. As palavrinhas mágicas podem ser um remédio eficaz para salvar a humanidade; é lógico, melhor ainda se vierem acompanhadas de um sorriso e um olhar de simpatia.

Obrigada e bom dia a todos!

Duas ou três palavras sobre as crianças

Criança não deve trabalhar. Criança não deve apanhar. Criança não deve ser abandonada. Criança não deve ser privada de carinho. Criança não deve ser maltratada. Criança não deve ser tratada como adulto … criança é criança e deve ser bem cuidada, orientada e amada. As palavras podem ajudar … ou atrapalhar. 

Todas essas palavras parecem óbvias, mas o mundo não é tão óbvio assim. Há crianças demais sendo submetidas a situações absurdas. Por quê? A sociedade humana está doente? Os adultos são os responsáveis pelas crianças, pelo que fazem com elas, pelo que dizem a elas. São as palavras que os mais velhos proferem que vão formar ou “de-formar” as crianças. Então há algo de errado com as palavras, só pode ser. Crianças devem ouvir palavras de carinho, carregadas de afeto; crianças precisam de palavras que as orientem nesse “mundo de meu-Deus”; crianças merecem palavras que expressem valores elevados. E por que não tem sido assim? Certamente há adultos que devem uma explicação para isso. Vamos pensar melhor nas palavras que falamos aos pequenos ou perto deles. Tem palavra para todas as intenções, portanto as palavras dos adultos são como varinhas de condão na mente das crianças. Cuidar das palavras dirigidas aos pequenos é uma responsabilidade que deve estar no topo da lista dos adultos. Quem sabe assim o mundo vai melhorando um pouco, vai ficando mais gentil, educado e amoroso com as crianças.