Não estava nada fácil encontrar sua origem. Sabia que tinha um pai, e seu pai era um número. O número que o banco de sêmen forneceu não tinha olhos, cabelos ou nariz com que pudesse comparar aos seus, era uma sequência de algarismos, ou dígitos, seja como for. Wilson estava decidido. Encontraria o pai. Pensou em todas as possibilidades, nenhuma parecia razoável. Seria um homem simpático? Culto? Gostava de futebol, de corrida de cavalos? Vegetariano? Áries, touro, gêmeos? Divagava sobre essas particularidades prováveis e incertas. Como o que tinha era apenas um número, Wilson seguiu a pista. Em pouco tempo teria a informação que tanto desejava.
Danielle A. Giannini