Cuidado com as palavras!

 

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É mais ou menos assim: um diz o que quer, outro ouve o que não quer. Um desentende-se com o outro e outro se recente com um. Aí é tarde demais. As palavras, boas ou más, não são vazias. Elas são carregadas de intenções. A intenção pode ser qualquer uma, por certo irá atingir quem lê ou escuta. Por isso faz-se útil policiar as palavras. Palavras não devem ser insanas se não desejamos ferir. Palavras não podem ser levianas se não intentamos magoar. Palavras não passarão despercebidas. Quem as profere não passa impune. Quem as recebe não fica impassível. É certo que uma palavra, corriqueira que seja, muda um bocadinho de alguém, e isso é uma tremenda responsabilidade de que a profere. Quem ouve ou lê, dependendo da habilidade com as palavras, entende ou concorda ou recusa ou se recente ou esboça outras tantas outras reações, mas nunca será o mesmo de antes. Assim, mudamos todos a cada palavra que enviamos e recebemos. As palavras movimentam o mundo. Isso é assustador!

Danielle A. Giannini

Vontade de dizer algo

 

 

 

 

 

 

Quando dá essa vontade,

que seja bom esse algo.

Que seja proveitoso.

Que seja útil ou bonito.

Não precisa ser majestoso,

nem frívolo, tampouco afetado.

Que seja algo digno de ser dito.

Porque se não for,

nem precisa dizer.

As palavras têm um preço

E o que não deve ser dito

Custa caro.

Melhor dizer o que é fácil pagar.

Danielle A. Giannini

Duas ou três palavrinhas

Sobre um assunto importante. Sobre a vida. Sobre o que importa. Sobre algo que não se pode perder: a esperança. Vi nos olhos das pessoas que a esperança não estava lá, perdeu-se. Ei, talvez seja por isso que existem as palavras, para fazer surgir a esperança. Então lá vai alguém dizer coisas bonitas a um olhar sem esperança. Às vezes dá certo, outras vezes não dá. A mágica certa com as varetas erradas. Escolher as palavras para dar esperança a quem quer que seja é difícil, pressupõe um conhecimento prévio do que vai na alma das criaturas, ou pelo menos na cabeça naquele instante. Nunca acreditei na eficácia daquelas palavras repetidas mecanicamente por todo mundo com o tom de incentivo:”Tudo vai dar certo”. Como se pode saber se vai dar certo? Vai dar certo como? Bola de cristal? Por isso eu continuo pensando que esperança se recupera com palavras, sim, mas palavras originais, adequadas ao momento, carregadas de verdade.  Se vai dar certo ou não, ninguém sabe, importa é que tem gente torcendo por você, confiando em você; isso sim dá força, dá coragem, dá esperança…mesmo que tudo não dê certo, estou contigo! Seria bom se cada um se empenhasse em ver a esperança voltar aos olhos dos outros.

Danielle A. Giannini

Palavras que se vão

É assim que funciona. O sujeito fala, em muitas ocasiões sem pensar, e pronto, lá se vão as palavras. A questão é que as palavras não voltam, ou seja, depois que saem da boca de alguém vão parar nos ouvidos de outro alguém. Inevitavelmente algum efeito elas vão provocar, dependendo de sua natureza, às vezes bom, outras vezez ruim. Não é todo mundo que se dá conta disso, mas tem gente que conta justamente com esse poder das palavras e as usam com boas ou más intenções. Bem intencionando é aquele indivíduo que escolhe palavras que vão consolar, acalmar, alegrar. Mal intencionado é quem pretende magoar, diminuir, provocar ira, inveja ou ciúme. Tudo isso só com as palavras. Depois tem gente que não se importa com essa coisa que é sair falando e escutando  desleixadamente. É  preciso saber falar para o bem, é preciso escutar também!

Danielle A. Giannini

O que dizer?

Tá, chegou outro ano e as personagens que transitam na nossa vida são as mesmas, talvez alguém novo, mas no geral são os mesmos rostos, vozes e discursos. Sim, muda-se a cor do cabelo, o corte, mas as palavras continuam as mesmas. Isso porque muita gente se propõe a mudar no ano novo, porém nem todo mundo sabe por onde começar (há os que começam justamente pelo cabelo … e ficam só nisso!). Cada um sabe o que quer mudar em si, ou pelo menos tenta saber, vá lá, mas se alguém quiser uma dica, a dica é ser honesto consigo e fazer uma autocrítica daquelas com muita frieza, para descobrir o que não vai bem. Um ponto de partida é relembrar as palavras que usamos no último ano, para tentar descobrir que emoções e sentimentos provocamos em que as leu ou escutou. Se mais causamos incômodos, mágoas, preocupações etc etc, então não custa nada (apesar de não ser nada fácil) começar o ano mudando as palavras, trocando aquelas usuais por outras que sejam gentis e polidas. Palavras são palavras, agora o que fazemos com elas …

Danielle A. Giannini